Produtos de Cortiça e Floresta de Carvalho em Portugal, 5 factos que provavelmente não sabia.

1. O sobreiro é uma espécie legalmente protegida

O sobreiro e a cortiça são a joia da coroa da atividade agroflorestal portuguesa. Símbolo de Portugal, é aqui que se eleva ao seu expoente máximo de criatividade.

O sobreiro cujo nome científico é quercus suba  é uma espécie mediterrânica  com características únicas no planeta. A casca a que chamamos cortiça tem qualidades verdadeiramente  prodigiosas e é extraída sem cortar ou danificar a árvore permitindo-lhe viver mais de 200 anos. O sobreiro é uma espécie legalmente protegida.

 

2. A floresta de carvalhos é um dos ecossistemas mais ricos do mundo

   
   50% por cento da cortiça produzida no mundo provém de Portugal, mas o montado de sobro é também um dos ecossistemas mais ricos do mundo e um dos 36 hotspots globais de biodiversidade, albergando também centenas de espécies, algumas das quais em perigo de extinção extinção como o lince-ibérico e a águia-imperial-ibérica.

Além disso, o montado é o nosso principal aliado na luta contra as alterações climáticas e a barreira mais eficaz para prevenir a desertificação na bacia do Mediterrâneo - a região da Europa mais vulnerável ao aquecimento global.

 

 

3. Num país pequeno como Portugal, mais de 100.000 dependem da indústria de produtos de cortiça

 

4. A estrutura celular da cortiça é altamente complexa
   

   A estrutura celular da cortiça é verdadeiramente única: cada centímetro cúbico de cortiça contém 40 milhões de células. O segredo está em sua composição química formada por minúsculas células em forma de favo de mel que são preenchidas com um gás semelhante ao ar e revestidas com suberina.

A cortiça é extraída a cada nove anos e depois submetida a um longo ciclo de produção. A princípio tem que descansar por um período de estabilização de vários meses antes de entrar em um notável processo industrial onde o conhecimento humano e a tecnologia se fundem perfeitamente.

5.A indústria da cortiça ilustra perfeitamente o conceito de economia circular

Na produção de rolhas que representam cerca de 70 por cento das exportações do sector, destacam-se algumas etapas importantes como: cozedura, descortiçamento, puncionamento, selecção e marcação. A cortiça que não é utilizada em rolhas é granulada e posteriormente aglomerada dando origem a muitas outras aplicações como revestimentos de paredes, pavimentos e aplicações técnicas de isolamento, moda (como sacos de cortiça ou sapatos, esportes (ex: tapetes de ioga de cortiça), os transportes são apenas alguns exemplos.

A indústria da cortiça ilustra perfeitamente o conceito de economia circular em que nada se perde e tudo se transforma até o pó da cortiça é usado para produzir energia e os produtos em fim de vida voltam a entrar no processo através da reciclagem Portugal é líder mundial fornecendo 60 de as exportações mundiais da indústria num valor superior a mil milhões de euros gera mais de 8 000 postos de trabalho em cerca de 600 empresas concentradas maioritariamente na região de Santa Maria de Feira e tudo isto sem danificar uma única árvore, escolha a cortiça por si e pelo planeta.

*esse texto foi inspirado no vídeo de APCOR - Realcork. O vídeo completo pode ser encontrado aqui: